Na prática de Anouk, a pintura e o conto se entrelaçam de forma inseparável. Quando ela escreve um conto, a narrativa também emerge em imagens, e cada forma de expressão nutre e transforma a outra. Nesse processo criativo, o resultado não se confunde com ilustração: a escrita e a pintura dialogam mutuamente, costurando metáforas e gerando novos significados.

Anouk valoriza a síntese, a fragmentação e a abertura interpretativa. Em sua obra, o detalhe condensa universos inteiros, transformando o mínimo em algo vasto e rico em sentidos. Em sua busca pela síntese, Anouk explora a relação entre o dito e o não dito, o verbal e o não verbal.

Seus trabalhos revelam uma narrativa fragmentada, onde os vãos entre as palavras e as imagens tornam-se espaços ativos de reflexão. Ao fundir pintura e narrativa, Anuk cria obras que transcendem os limites físicos da tela, evocando mundos que se expandem na imaginação do espectador. Sua arte é uma celebração do infinito potencial contido no no diálogo entre a pintura e a literatura.